Sites Grátis no Comunidades.net Criar uma Loja Virtual Grátis

 TRIBUNAL DO JURI - A GRANDE DEFESA









Que os negadores

do Brasil, continuam

onde sempre

estiveram,

que o Joaquim que

era dos Reis,

enquanto o outro

era do povo.


Total de visitas: 11362
Saudades

Quando alguém tão grandioso viveu, este alguém tão grandioso sempre     viverá.

 

                                            RÉQUIEM ALTÉRNA.

 

 

São Jose foi pai adotivo

E era bastante criativo

Tive um em Campos Gerais

Que me ensinou a verdade

Colocou-me no caminho da caridade

Que não esqueço jamais

 

Era entre todos, o mais ativo.

Pouco estudo, mas educativo.

São Jose um simples carpinteiro

Foi chamado a ser o pai do filho de Deus

E o Cel. Geraldo Pereira também teve os seus

E era simples, mas exímio fazendeiro.

 

Homem de muitas amantes

Não gostava das fumantes

E tão pouco de mariposa.

Adorava uma donzela

Mas viveu sempre ao lado dela

Sua católica esposa.

 

Saudades das viagens

Das belas bagagens

Rumo a Aparecida do Norte.

Das fotos em frente à igreja

Dos fotógrafos na peleja

Oh! Deus porque existe morte?

 

Do Hotel Recreio

Na Santa que creio

No belo oratório

do frango assado

Do filé mal passado

No repleto e cheio refeitório.

 

Do branco fusca

Na incansável busca

Pela barraca do milho.

Do enjôo das meninas

Das belas campinas

Com tanto brilho.

 

Do leite matinal espumoso

Do barro branco famoso

Cheio de embaraços.

Do açúcar na caneca

Da vaca chamada boneca

E do Inhô com o laço nos braços.

 

Obrigado destino

Ajudaste muito meu atino

Pois, me destes dois pais.

Um aditivo natural

O outro biológico, não rural.

E um lindo País.

 

Com este atino repleto de esperanças

Todas carregadas de belas lembranças

De meu pai natural.

Com seus tortos passos

No primeiro cinema em Passos

Vendo um cultural

 

 

 

 

 

Do roncado de seu fusca

Da incansável busca

Na fazenda; o animal perdido.

Do cavalo celado

Do cabelo pelado

E o laço estendido.

 

Susto do queimado alazão

No fio de alta tensão

Com um bambu empinado.

Não sabia se corria ou olhava

As gotas que molhava

Nosso semblante de finado.

 

O peão com a saúde retida

Pela bota derretida

Ele com muita disfasia

Sofria de disforia, o coitado.

Lá estava ele deitado

Com muito disbasia.

 

Estava ele debaixo de uma seguóia

Contorcia-se igual jibóia

Foi a ultima vez que o vi.

Acabou sua saúde

Hoje descansa em um ataúde

Quando voltei, apenas o canto do bem-te-vi.

 

Em nossas andanças a cavalo

Passando perto de um valo

O alazão entrou num atascadeiro

Meu pai disse; cutuca a espora,

Vê se não demora

Pois, este alazão é rei de picadeiro.

 

Cuidado com sua reação

Amanha vamos fazer padreação.

Preciso dele inteiro.

Temos que apurar sua raça

Por isso vamos e deixe de graça

E não deixe cair o tinteiro.

 

De sua linda caneta de pena dourada

Ai começamos a ouvir uma estourada

O alazão assustado se arranca

Mas saiu um pouco estragado

Dei descanso e fui atrás do gado

Por uma estrada que ligava a Franca.

 

Era uma estrada de boiadeiro

Com formato de desfiladeiro

Por onde cavalguei com uma morena.

Que gostava de recado

Mais caia no pecado

Em noite serena.

 

Nas férias de julho ela usava cérica

Diziam que era muito rica.

Tinha o braço forte; mais delgado.

Apertava-me na hora do deleite

Devia beber bastante leite

Pois, seu pai era o rei do gado.

 

Meu adotivo ensinou-me a ciência

Da honestidade e da decência

Como também desencilhar

E tratar bem o animal

E a ninguém fazer mal

Para poder brilhar.

 

 

 

O meu biológico, sem convivência.

Não aprendi a amar; aparência.

O adotivo também à cilhar

Para eu encontrar a morena em noite termal.

Sabida, já fazia o normal.

E eu a dedilhar.

 

Sô Geraldo sempre uma Fênix

Sem o semi, eterna ônix.

Será sempre lembrado.

Vivia sempre afortunado

Não o vi a praticar o nado.

E nunca dar um brado.

 

Saudades do barro branco

Nas tardes pouco ronco

Do prestativo Inhô.

Do leite com açúcar na caneca

Da mimosa chamada boneca

Que me deu o sinhô.

 

Lembro-me do órfão potro

Que foi salvo pelo colostro.

E seu triste vagido

Nas noites frias

Encostando-se a outras crias

Acalmando seu ringido.

 

Jamais praticou o logro

Fostes para todos, exímio sogro.

Deixando todos bem.

Lado a lado fui muito feliz

Tornei-me um bom aprendiz

E me ajudou também.

 

Quanta paciência teve comigo

Além de tudo, foi grande amigo.

Apesar de saber que não era seu filho.

Para mim, jamais disse filho adotivo.

Mas que eu fosse muito objetivo

E não me meter em sarilho.

 

Não o vi deitado em seu ataúde.

Lembranças do Senhor só com saúde.

Pois este era o desejo meus.

Não suportaria ver acabado

O Homem que não gostava de babado.

Adeus Sr. Geraldo, Adeus.